Poemas

A receita da felicidade  

A vida assim estabelece.
    o destino da humanidade.
Muita gente costuma dizer,
    que ninguém neste mundo conhece,
    à receita da felicidade.

Alguém se aproxima e me diz,
   com uma certa franqueza.
Que uma das muitas formas,
   do ser humano ser felíz,
   é possuír grandes riquezas.

No entanto, eu fico silente,
    pois eu continuo à espera.
De alguém que possa me dar,
  uma resposta diferente,
  pois na minha filosofia,
  esta coisa da gente pensar,
  que o dinheiro possa comprar de tudo,
   verdadeiramente já era !

Até que uma outra pessoa,
   me apresenta um texto na folha.
Ela simplesmente acredita,
  que cada um pode ser felíz,
  através do seu modo de vida
  e da suas próprias escolhas.

Mas outra pessoa a interrompe
   e me pede para escrever na lousa.
Ela começa a me dizer,
   que a receita da felicidade,
   pode ser facilmente encontrada,
   nas mais simples e pequenas coisas.

Ela segue em sua apologia,
  sobre a fórmula do bem viver.
E abertamente me diz,
    que a gente poder acordar,
    a cada novo dia,
    já nos traz uma grande alegria,
    que no entanto com simples palavras,
    é impossível descrever.

Abrir os olhos e ver,
   o sol surgindo lá na serra.
Ter a certeza de saber,
   de que Deus nos concedeu a graça,
   de podermos por mais um dia,
   livremente continuarmos,
   a nossa vida sobre a terra.

Poder abraçar os amigos,
   que apoio sempre nos oferecem.
Não temer aos inimigos,
   por saber que quanto mais eles nos persseguem
   e tentam se lançar contra nós,
   mais eles nos fortalecem !

Me falando com sinceridade,
   em discurso como resposta.
A pessoa me diz claramente,
    que uma das muitas maneiras,
    da gente ter felicidade,
    é fazer o que gosta.

Ser livre como so passarinhos
  e poder ver da vida as cores.
Enfrentar às dificuldades,
  à tristeza e ao sofrimento,
   com coragem, com energia,
  fé em Deus e disposição,
  nos dão a jubilosa sensação,
  de que a principal razão, 
  da existência dos espinhos,
  é a proteção às flores.

Eu agradeço a esta pessoa,
  pois a minha emoção é imensa.
Já não tenho nenhuma dúvida,
   de que a lista dos ingredientes,
   que nos permitem encontrar,
   à receita da felicidade
   é simplesmente imensa.

Ao concluír este texto,
   eu lhes digo de viva vóz.
Que ao longo de nossas vidas,
   só conseguiremos ser felízes,
   se fizermos pelos outros,
    tudo o que desejarmos,
    que eles façam por nós !
 

A história do alecrim 

A história que eu vou lhes contar,
    tem o brilho do sol da manhã.
Sua origem é milenar,
  pois ela simplesmente aconteceu,
  no início da Era Cristã.

A Sagrada Família,
     seguía por uma longa estrada.
Fugindo da persseguição
   e da tirania de Herodes,
   para que a vida do Menino Jesus,
   da maldade do rei assassino,
   fosse então preservada.

O sol estava brilhando,
    o dia estava muito lindo.
Por onde Maria, José
  e o menino íam passando,
  em um pleito de homenagem
  e em uma demonstração de carinho,
  as flores íam se abrindo.

O lilás estendeu os seus galhos,
    orgulhosos e emplumados.
O lírio ostentando a pureza,
    elevou bem alto o seu cálice,
    de um modo singelo e delicado.

No entanto o alecrim,
   ficou triste diante disto.
Pois sem ter nenhuma beleza,
   ele ficou a lamentar,
    por não poder agradar,
   ao menino Jesus Cristo.

Maria estava cansada,
   o sol ardía feito brasa.
Ela junto com José
  e também o menino,
  fizeram uma pausa no caminho,
  antes de prosseguirem,
  com a extensa jornada.

Em um lugar protegido da luz,
  com toda a ternura e carinho.
Maria deitou Jesus,
   para que ele pudesse,
   adormecer um puquinho.

O tempo não estava frio
   e mostrava os bons ares seus.
Maria foi às margens de um rio,
    onde se pôs a lavar,
    as roupinhas do Menino Deus.

Ela olhou ao seu redor,
  a preocupação não foi pouca.
Pois ela desejava encontrar,
   um lugar propício e seguro,
   para estender as roupas.

A virgem ficou pensando,
     com um temor aceso.:
"_ O lilás é alto demais,
         eu não podería alcançá-lo
         se porventura eu tentasse,
         estender as roupas sobre o lírio,
         ele podería se quebrar,
         pois não iría suportar,
         ter sobre sí tanto peso !"

Mas logo avivou-se o seu tino
    e Maria fez exatamente assim.
Ela foi com calma e paciência,
   estedendo peça por peça,
   as roupinhas do Deus Menino,
   sobre a copa do alecrim.

O arbusto logo se alegrou
    e sentiu uma grande euforia.
 Pela grande oportunidade,
   de poder fazer um agrado,
   ao Menino Jesus,
   ele agradeceu de coração,
   à Santíssima Virgem Maria.

Foi imensa a sua emoção,
  em uma felicidade verdadeira.
O alecrim sustentou,
    as roupinhas do Menino Jesus,
    ao alcance do sol,
    durante a manhã inteira.

Maria então falou,
   com uma doçura sem fim.:
"_ Pelo seu imenso carinho,
      para com o meu filho Jesus,
      eu muito lhe agradeço,
       bondoso e gentil alecrim !

Ouça bem o que eu lhe digo,
   com sinceridade e clareza.
Doravante irás florecer
  e terás um aspecto lindo,
   revestido com flores azúis,
   para servir de recordação,
   do manto que estou vestindo.

Mas além das lindas flores,
   lhe dou em agradecimento.
Também todos os seus galhos,
  que sustentaram as roupinhas,
   do Menino Jesus,
   doravante irão exalar,
   um agradável aroma.

A minha bênção lhe dou,
   com todo o carinho e amor.
À partir deste momento,
    as tuas folhas, os teus caules
    e as tuas flores,
    doravante e por todos os dias,
    hão de ter o perfume,
    que traduz a santidade
    e que há de transmitir a todos,
    a mais completa alegria."

A cultura se torna memória
    e a vida um encanto sem fim.
Assim termina esta história,
   cujo o personagem principal,
    é o alecrim !